Projeto de lei que proíbe venda de refrigerantes nas escolas já está na CCJ da Câmara Federal
28/07/2016 - 02:07
Para a presidente do Conselho Regional de Nutricionistas da 5ª Região (CRN-5), a aprovação desta lei é de extrema importância para a sociedade, já que os refrigerantes fazem parte do grupo de alimentos que não tem nutrientes favoráveis à saúde do consumidor. “O consumo de refrigerantes, principalmente na infância, contribui para o aumento da obesidade e, consequentemente problemas de saúde associados, como a diabetes, hipertensão, dentre outras doenças”, afirmou a nutricionista Rita de Cássia Ferreira Frumento.
A nutricionista afirma que é preciso mobilizar a população pela aprovação deste projeto de lei. “É uma chance muito grande que temos para melhorar a alimentação nas escolas públicas e privadas. Por isso, é importante que a sociedade cobre dos parlamentares um voto pela aprovação deste projeto. Isso será um ganho imenso para a saúde das crianças e também para o sistema público de saúde”, destacou.
Na campanha nacional do Sistema CFN/CRNs de 2016, os conselhos regionais de nutricionistas incentivaram o consumo de alimentos saudáveis, sem químicos e conservantes, orientando a população brasileira a preferir alimentos preparados em casa ao invés dos industrializados. E, neste contexto, os sucos feitos as frutas da época são os substitutos dos refrigerantes.
Dados
De acordo com o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), feito com base na Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), 14,3% das crianças entre 5 e 9 anos são obesas. O problema atinge todas as classes sociais, em todas as regiões brasileiras
Vale destacar que a quantidade de açúcar contida em uma lata de 355 ml de refrigerante, em torno de 36 gramas, extrapola a quantidade máxima diária recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 25 gramas.