Conselhos profissionais discutem os prejuízos do EaD em saúde no FSM 2018

20/03/2018 - 04:03

Com a presença de conselhos profissionais da área de saúde e entidades de representação dos trabalhadores em Saúde, foi realizado o II Fórum de Discussão sobre os Impactos do EaD na da Formação Saúde. O evento aconteceu no sábado (17), na tenda do Conselho Nacional de Saúde do Fórum Social Mundial 2018. Na mesa de abertura, representantes do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Conselho Regional de Farmácia (CRF) e da deputada federal Alice Portugal (PCdoB/BA). Também marcaram presença no fórum os presidentes do Conselho federal de Nutricionistas (CFN), o nutricionista Élido Bonomo; do CRN-5, Amanda Ornelas; CRN-6, José Hillário de Souza Damázio; CRN-9,Viviane Admus Nunes Paixão; além de conselheiros e diretores dos regionais da Bahia/Sergipe e Minas Gerais. 

O evento foi acompanhado por trabalhadores da área de saúde; usuários do SUS; representantes de conselhos profissionais de Nutricionistas (CRN-5); Veterinária (CRMV-BA); Odontologia (CRO-BA); Enfermagem (Coren-BA); Farmácia (CRF-BA); Serviço Social (Cress-BA); além de sindicatos, centrais sindicais, federações de trabalhadores e associações de todo o país presentes no Fórum Social Mundial. 

Na oportunidade, foram apresentados dados sobre a aplicação do método EaD nas graduações, com indicadores comprovando a ineficiência desta modalidade nas áreas de saúde, convergindo para serviços (públicos e privados) de péssima qualidade e profissionais sem a formação adequada para lidar com os problemas inerentes à assistência em saúde.

Para a nutricionista Amanda Ornelas, presidente do CRN-5, o EaD é, comprovadamente, uma ameaça às profissões da área de saúde, pois conduz a formação em saúde à nível insatisfatório. “É necessário entendermos esse processo como uma ameaça às profissões e, principalmente, à assistência em saúde. São grandes corporações, muitas estrangeiras, com pouco ou nenhum compromisso com o resultado dessa formação, que culmina na atenção às pessoas”, disse.

A deputada Alice Portugal ressaltou a importância do evento e defesa do Sistema Único de Saúde. “Este Fórum se dá num momento especial, em que os profissionais debatem a garantia da efetividade do SUS. Com profissionais formados de maneira inapropriada, o SUS será impactado de maneira frontal. Nós entendemos que o EaD pode ter sua eficiência para uma área eminentemente teórica que, ainda assim, requer presencialidade mas, para a Saúde, ele é completamente indevido”, observou.

Algumas deliberações foram propostas para intensificar o combate ao EaD na Saúde: ampliar as atuações junto à base parlamentar, a fim de reverter o financiamento da Saúde e da Educação; iniciar grande campanha da mídia para esclarecer ao público as consequências do EaD na Saúde; fortalecer o combate ao EaD através de decisões e ações conjuntas com as organizações e usuários; iniciar campanha na mídia contra deputados e senadores que são vinculados a IES que oferecem graduação na modalidade EaD; apoiar e fortalecer a Decisão do CNS, Resolução 515/2017,  contra a autorização de cursos de graduação nas áreas da Saúde na modalidade EaD, atuando em frentes unificadas; promover debates com o Judiciário.

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