“Craving” é um termo cada vez mais usado por nutricionistas

2/01/2014 - 02:01

A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu o craving como um desejo de repetir determinada experiência em função dos efeitos de uma dada substância, ou seja, um desejo intenso de consumir alguma substância.

Esse termo já é utilizado em dependentes químicos, mas atualmente tem sido aplicado na área da nutrição para definir indivíduos que sentem necessidade, ou vício, de consumir alimentos que estimulem a liberação de serotonina e endorfina, causando sensação de relaxamento e bem estar.

A origem desse tipo de trastorno pode variar conforme a individualidade clínica de cada paciente, resultando de mudanças comportamentais, emocionais e alterações fisiológicas que envolvem determinados hormônios e deficiências de vitaminas decorrentes de uma alimentação monótona e prevalente em alimentos com alto índice glicêmico.

Entre os pacientes mais propensos ao craving, encontram-se mulheres, sedentários, obesos e indivíduos com estresse crônico.

O açúcar é o macronutriente com maior capacidade de gerar comportamento compulsivo, pois, após a sua ingestão, em indivíduos predispostos, ocorre a liberação excessiva de dopamina, que produz mudanças compensatórias comparáveis aos efeitos das drogas mais pesadas, incluindo a síndrome da abstinência.

Dietas da moda e muito restritivas também podem contribuir para o aparecimento dos sintomas relacionados ao craving.

A restrição alimentar provoca alterações nas concentrações de determinados nutrientes em função da rápida perda de peso e estimulam a ansiedade- característica comum nos pacientes com transtornos comportamentais relacionados à compulsão.

A reprogramação alimentar deve privilegiar alimentos com baixo índice glicêmico e os precursores da dopamina e serotonina sintetizadas a partir de nutrientes obtidos através da alimentação, como as vitaminas C, B6, B12 e ácido fólico, além dos minerais zinco, selênio e magnésio, aminoácidos e ácidos graxos ômega-3.

Para a produção adequada de serotonina precisa-se de carboidratos e alimentos fonte de triptofano, aminoácido este encontrado em proteínas animais, como carnes magras, peixes e leguminosas como feijão, lentilha e soja.

Para estimular a dopamina é necessário oferecer ainda alimentos fonte de tirosina, como peixes, carnes magras, leite, ovos, iogurtes desnatados, queijos magros e tofu.

É importante ressaltar que o tratamento dos transtornos relacionados à compulsão por determinados alimentos deve ser composto necessariamente por uma equipe multidisciplinar, incluindo profissionais da área da nutrição, medicina e psicologia.

Fonte: Asbran

Compartilhe:

Veja também



Fale Conosco

X

Enviando seu email...

Email enviado com sucesso!

slot gacor skybet88 slot online skybet88 skybet88 skybet88 slot gacor skybet88 skybet88 slot bonus new member skybet88 slot shopeepay skybet88 skybet88 skybet88 slot shopeepay slot gacor skybet88 demo slot skybet88 skybet88 skybet88 skybet88 skybet88 skybet88 mgs88 mgs88