Conselhos profissionais anunciam a Carta de Salvador, manifesto contra o EaD em saúde
24/07/2017 - 04:07
Foi realizado no último sábado (22), o Fórum Sobre o Impacto do EAD na Formação em Saúde. O evento começou às 8h, no auditório da Reitoria da Universidade Federal da Bahia (UFBA), e contou com a presença de presidentes e representantes de 10 conselhos profissionais; parlamentares; representantes do movimento estudantil; movimento sindical; associações e do movimento social. Em conjunto, essas organizações produzirão a Carta de Salvador, em manifesto contra o ensino EaD na área da saúde.
Em uníssono, os cerca de 70 presentes na reitoria entoaram palavras de ordem contra a proposta de inclusão do sistema EaD (ensino à distância) nas graduações da área de saúde e também contra o desmonte das políticas sociais e dos direitos trabalhistas. Vale destacar a fala da representante do Conselho Regional de Nutricionistas da 5ª Região (CRN-5), a nutricionista Luciana Labidel. “Nosso Conselho já se posicionou claramente contra a utilização do EaD em Saúde. E aqui nós ratificamos esse compromisso de lutar contra a precarização do ensino em saúde, aproveitando para parabenizar todas as entidades envolvidas nesta luta”, disse.
Para a deputada federal Alice Portugal (PCdoB), lutar contra o EaD na área de saúde e também contra o desmonte dos programas sociais é um dever de todo o cidadão. Estamos vivendo tempos difíceis, no qual o o grande capital e as grandes corporações estrangeiras tentam se apropriar de nossos recursos e destruir nossas universidades públicas. O quadro é gravíssimo e precisamos de apoio de toda a sociedade para barrar a sanha desses empresários por lucro”, afirmou.
Carta de Salvador
Agora, de acordo com a articulação das entidades envolvidas, será produzida a Carta de Salvador – um documento assinado por todas as representações envolvidas na luta contra o EaD em Saúde – para ser entregue ao Ministério da Educação e ao Ministério Público Federal, afim de esclarecer os prejuízos que essa modalidade defensivo pode trazer à sociedade e, assim, barrar a proposta nas universidades.